Afinal, uma mulher de negócios
Afinal, uma mulher de negócios (1979), de R. W. Fassbinder em tradução de Millor Fernandes.
No Teatro dos 4.
Elenco no Rio de Janeiro: Ney Latorraca, Monah Delacy, Dema Marques, Germano Filho e Renata Sorrah.
Direção de Walter Schorlies.
Prêmio Mambembe de melhor atriz para Renata Sorrah.
Prêmio Moliere de melhor atriz para Renata Sorrah.
Prêmio de Iluminação Abel Kopansky.
Elenco em São Paulo: Irene Ravache, Abrahão Farc, Ivan Lima, Liana Durval e Adilson Barros.
Direção: Sergio Britto.
Prêmio de Iluminação Abel Kopansky.
Conta a história da luta de uma mulher para sobreviver a todas as pressões sociais, exercidas com sexo, poder, dinheiro e religião. O fato é verídico. Ocorreu em Bremen entre 1820 e 1831. Uma mulher decide sobreviver às pressões de uma sociedade decadente cujas molas são o poder, o dinheiro e o sexo. E, para atingir seus objetivos, chega a atos extremos, matando 14 pessoas. A peça se baseia nesse acontecimento.
“R. W. Fassbinder, a paixão cinematográfica de todos nós. O dramaturgo alemão Walter Schorlies nos trouxe um texto de Fassbinder. Ficamos apaixonados e pensamos em colocá-lo no nosso repertório.
Afinal uma mulher de negócios é a história de uma mulher massacrada pelos que a cercam. O marido a usa como empregada. Ele não faz sexo-amor com ela, ele a usa sexualmente e mostra aos amigos como ela é obediente. Alguma coisa acontece na cabeça dessa mulher escrava. Ela traz café envenenado e mata o marido. Carrega o corpo para fora de cena. A partir desse primeiro crime, ela dará início a uma série de assassinatos, guardando de cada um, a quem dá o café envenenado, uma lembrança – o lenço de um, o relógio do outro.” – Sergio Britto – Trecho do livro “O Teatro & Eu.”